Ministro de Lula, Márcio França, anunciou um projeto para vender passagens aéreas por R$200. Mas o setor aéreo diz que não foi consultado. Saiba mais!
O Ministro de Portos e Aeroportos do governo Lula, Márcio França, anunciou no domingo (12) um novo projeto.
Dessa forma, a intenção de França é vender passagens aéreas ociosas, em baixa temporada, por R$200. Ou seja, os assentos que não foram ocupados nos voos seriam vendidos por esse valor.
Além disso, o público-alvo do projeto seriam os estudantes que estão no Fies, aposentados, pensionistas e servidores públicos com salários de até R$6,8 mil. Contudo, o setor aéreo diz que o governo não entrou em contato para discutir o projeto.
No entanto, mesmo que o ministro de Lula não tenha consultado as companhias aéreas, o setor diz que está aberto ao projeto.
Dessa forma, há a possibilidade das passagens começarem a circular no Brasil ainda no segundo semestre deste ano.
Entenda a proposta do governo Lula
Atualmente, cerca de 21% dos assentos dos voos no Brasil são ociosos. Ou seja, não são ocupados por clientes. Dessa forma, a proposta de França é vender parte dessas passagens para clientes que têm algum vínculo com o governo.
Por isso, o público do programa seriam os estudantes, aposentados e servidores públicos. Segundo França, o governo “foi buscar alguém que já tivesse vínculo conosco […] todos esses poderão se encaixar nesse programa, que vai emitir quase 12 milhões de passagens por ano a R$200”.
Além disso, cada pessoa poderá comprar até 4 passagens por ano. Da mesma forma, os bilhetes serão descontados diretamente no salário dos participantes. Ou seja, funcionará como uma espécie de consignado. Ademais, os clientes poderão parcelar as passagens em até 12 vezes.
O que dizem as companhias aéreas?
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou em nota que está acompanhando o projeto do governo. Da mesma forma, a associação diz que está aberta ao programa e às contribuições necessárias.
Além disso, a empresa Azul seguiu a mesma linha. Ou seja, também se colocou à disposição para ajudar, se necessário, e disse que o projeto vai “beneficiar grande parte da população brasileira”.
Sendo assim, embora o governo Lula não tenha consultado as companhias aéreas para desenvolver o projeto, parece que elas gostaram da ideia. Afinal, elas também lucrarão com o projeto.