Presidente da FPA defende que o governo controle preço do diesel

O presidente da Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), Sérgio Souza (MDB-PR), disse nesta terça-feira (10), que está preocupado com o reajuste de 8,87% no preço do diesel, anunciado nesta segunda-feira (9) pela Petrobras.

O valor médio de venda do produto para as distribuidoras passou de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro. O combustível acumula alta de 52,53% em 12 meses, conforme o IPCA-15.

“Isso vai ter um impacto fortíssimo em todo setor produtivo, não só no agro, mas em toda a cadeia, inclusive no aumento da inflação”, diz o parlamentar.

Em Brasília, existe uma pressão para a concessão de um subsídio ao combustível.

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Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, a medida se somaria à discussão entre os ministérios de uma proposta para mitigar também o impacto dos reajustes das tarifas de energia autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Já tramitam no Congresso, em caráter de urgência, projetos para suspender novas altas de preços.

Sérgio Souza destacou a necessidade de um mecanismo de controle do preço do combustível e a discussão do teto orçamentário para a execução da medida.

“A alta de 10% na refinaria tem um impacto gigante. Nós estamos defendendo que o valor do diesel tenha um mecanismo de controle. Se o governo achar que o mecanismo de controle é o subsídio, então, nós temos que ver o teto orçamentário disso”, afirmou.

Repercussão

Segundo o presidente do Sindicombustíveis do Distrito Federal, Paulo Tavares, os aumentos prejudicam as vendas e aumentam a inflação.

Tavares ressalta que o reajuste não vai ser suficiente para repor as perdas com a defasagem.

“Para se ter uma ideia, desses 40 centavos de aumento, hoje, 15 centavos já subiu no mercado internacional. Ou seja, não vai resolver o problema. O que precisa fazer é repensar esse modelo e fazer investimentos em refinarias. O Brasil é autossuficiente em petróleo, mas é deficitário no refino. Esse é o grande problema”, explica.

Para o diretor executivo do Movimento Pró Logística, Edeon Ferreira, uma outra solução pode ser a criação de um fundo de compensação.

“O governo utilizaria esse recurso do lucro da Petrobrás, por ser ele o maior acionista, e faria a compensação. Ou seja, entraria de um lado o lucro e sairia do outro a compensação no valor do diesel”, defende.

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