Bolsas da Europa fecham em forte alta puxadas por bancos

Apetite por risco cresce diante do alívio de investidores acerca da possibilidade de uma crise ampla no setor bancário do continente

As bolsas europeias terminaram a sessão de hoje com ganhos robustos, impulsionados principalmente por ações de bancos diante do alívio de investidores acerca da possibilidade de uma crise ampla no setor bancário do continente.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,33%, a 446,47 pontos. Já o Euro Stoxx Banks, específico do setor bancário, subiu 4,87%, a 103,72 pontos.

Em Londres, o FTSE 100 teve ganhos de 1,79%, a 7.536,22 pontos, com destaques para NatWest (+5,66%), Barclays (+4,97%) e Standard Chartered (+4,65%). Em Frankfurt, o Dax avançou 1,75%, a 15.195,34 pontos, com Commerzbank e Deutsche Bank subindo 7,44% e 6,05%, respectivamente.

Já o índice parisiense CAC 40 fechou em alta de 1,42%, a 7.112,91 pontos, liderado pelos ganhos de 4,30% do Société Générale e de 4,15% do BNP Paribas. Entre outros bancos que se destacaram, o italiano UniCredit terminou o dia com ganhos de 6,77% na bolsa de Milão, cujo índice FTSE MIB avançou 2,53%, a 26.554,33 pontos.

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Em Zurique, o Credit Suisse ganhou força ao longo do pregão e terminou o dia com avanço de 6,78%, cotado a 0,88 franco suíço. Já seu rival e agora comprador UBS disparou 12,38%, a 19,47 francos suíços.

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Após a turbulência da semana passada, investidores parecem mais confiantes de que o setor bancário europeu se estabilizou e já não oferece risco de uma crise sistêmica.

Para os analistas de crédito da S&P Global, é improvável que a menor confiança no setor bancário provocada pela crise do Credit Suisse e a compra do banco pelo UBS se espalhe por toda a Europa.

Segundo eles, os bancos europeus avaliados pela agência têm se beneficiado do ambiente de alta de juros e “não exibem uma combinação de grandes perdas não realizadas em carteiras de títulos e modelos de financiamento altamente sensíveis à confiança”. Os fatores citados foram determinantes para o fechamento de dois bancos regionais dos EUA.

Para a S&P Global, o caso do Credit Suisse é um “ponto fora da curva” entre os grandes bancos europeus, já que as “deficiências” na gestão de risco e negócios do banco são “únicos em natureza e escopo” se comparados com o resto do setor no continente.

Com conteúdo VALOR PRO, o serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

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