O Que Significa Energia Termonuclear?

Entre agosto e setembro de 2023, o governo da Coreia do Norte alertou de que as manobras militares dos EUA e Coreia do Sul, chamadas de “Escudo de Liberdade Ulchi”, podem provocar uma “guerra termonuclear”. Isso aconteceu diante de acusações estrangeiras de que os norte-coreanos e os chineses estariam apresentando comportamento agressivo e que, para isso, teriam de expandir sua segurança e cooperação econômica. E para nós, do Engenharia 360, ficou esclarecer o seguinte questionamento: o que significa energia termonuclear?

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O que é energia termonuclear?

Antes de tudo, é preciso destacar que é possível gerar reações nucleares entre elementos leves. Isso graças ao emprego de temperaturas muito elevadas; justamente essas são chamadas de termonucleares. Na prática, podemos destacar a grande energia liberada durante ações de disparada de foguetes nucleares. Já na natureza, as reações termonucleares são encontradas somente em núcleo de estrelas, incluindo o nosso Sol.

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Como funciona o sistema de propulsão de foguetes termonucleares?

A propulsão de foguetes termonucleares é chamada de NTP ou Nuclear Thermal Propulsion em inglês. Para isso, precisa-de se um fluido propelente, que normalmente é o hidrogênio, para “dar a partida” – ou impulso específico – no reator nuclear – que sempre é o mais leve possível. Isso faz com que a energia dos núcleos combinadas para formar um núcleo mais pesado se expanda e seja impulsionada para a câmara de combustão. Essa é considerada uma fonte limpa e potencialmente abundante, pois utiliza combustíveis leves e não gera resíduos nucleares radioativos de longa duração.

Vale destacar o quanto a NTP é excepcionalmente eficiente no que diz respeito às naves espaciais também, oferecendo muito mais densidade energética que os conhecidos sistemas químicos.

São os diferentes tipos de núcleos de foguetes termonucleares: sólido, pulsante, líquido e gasoso – sendo este último de construção mais complexa, mas teoricamente mais eficiente.

Como funciona o processo de detonação uma bomba termonuclear?

Falamos antes sobre as fusões nucleares, usadas para gerar a propulsão de foguetes. Mas agora chegou o momento de falar do processo de fissão nuclear, que é o oposto, envolvendo a divisão de núcleos atômicos pesados, como urânio, em núcleos mais leves, liberando uma grande quantidade de energia termonuclear. Na prática, vemos isso em reatores nucleares convencionais de produção de eletricidade. Mas também, infelizmente, na criação de armas nucleares, como em bombas.

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Bombas termonucleares

Existe um modelo de projétil nuclear conhecido como ‘Bomba H’ – dispositivo muito mais poderoso do que uma bomba atômica convencional -, que nada mais é do que a bomba termonuclear ou bomba de hidrogênio, que só funciona graças à obtenção de temperaturas muito elevadas pela união de um par de átomos leves para formar o núcleo de átomo mais pesado, ou seja, pela fusão nuclear. Mas vale destacar que essa bomba também necessita da fissão nuclear para o seu funcionamento. A combinação de processos gera uma explosão extremamente poderosa.

Recapitulando, existe uma diferença chave entre armas de fissão tradicionais e armas termonucleares, que essa grande potência explosiva com maior energia, a energia termonuclear. Por isso, são consideradas significativamente mais poderosas!

Sim, é possível construir bombas termonucleares menores e mais leves em comparação com as armas de fissão, embora sejam tecnologicamente mais complexas. Quanto à detecção de sua detonação, isso pode ser feito via gases nobres como o xenônio no ar, bem como outros produtos da fissão. No entanto, esses dados só podem confirmar se foi detonado um dispositivo tradicional à base de fissão nuclear, não sendo possível distinguir entre uma pequena bomba de hidrogênio e uma bomba atômica comum.

Quais países têm a capacidade de detectar explosões termonucleares?

Atualmente, vários países mantêm programas de armas nucleares. Justamente por isso, países como Estados Unidos, China, Rússia e Japão, possuem aeronaves equipadas com sensores de detecção. Ao mesmo tempo, a Coreia do Norte tenta esconder seus testes nucleares, cujo programa não pode ser subestimado – já que o país é capaz de obter componentes para um dispositivo termonuclear.

O perigo maior nessa história é que, até agora, não se sabe com certeza se explosões termonucleares podem ser detectadas de forma confiável. Por isso, existe uma necessidade de monitoramento internacional de suas atividades, incluindo detecção de produtos específicos da fissão nuclear para confirmar esse tipo de explosão.

A saber, a Coreia do Norte já realizou testes nucleares em 2006, 2009 e 2013. E agora afirma estar realizando testes em 2023 também, enquanto negocia apoio à Rússia na Guerra da Ucrânia.

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Fontes: Portal Viu, Wikipédia, Wikipédia 2, DW,

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Redação 360

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